quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Amor made in china

Eu olhei pra você com seus cabelos de cinema e olhar penetrante, e soube logo de cara que não devia me meter com você. Meus sensores gritavam "problema! problema" e eu fingi não ouvir. Te dei a mão e você me mostrou uma vida cheia de coisas reluzentes e lindas. Eu não conhecia esse lado da vida. Eu nunca tinha visto nada mais emocionante que o musical de fim de ano na tv do meu quarto. E você me levou, correu comigo pelas ruas sinuosas, e eu me dei. Inteira, ou quase inteira. Sabe quando a gente pensa: "Isso é que o amor. Tenho certeza." ? E depois descobre que amor não tem nada a ver com o que pensamos que era? O amor é maior, e melhor que aquele meio minuto de conversa que você se dedicava á mim. 
Eu fiz ser amor antes de ser.Coloquei o pó sincero de tudo de melhor que há, onde não havia nada. A velha mania incontrolável de planejar o que nem começo tem. Como somos tolos jogados nessa imensidão de sentimentos nem sempre tão bons. Acho que percebi onde me meti quando olhei em seus olhos e não vi nada além de olhos. Brilhei com tão pouco e você continuava o mesmo, intacto. Como dói perceber que cometemos meros erros banais, que nos fazem lacrimejar a toa. Ser humano é fraco mesmo. Luta pela igualdade, por um emprego, por um lugar ao sol, e cai no primeiro desamor que encontra. Mas um dia eu aprendo, faço toda essa espera valer alguma coisa, conto um acerto pelo menos.Ou não. Mas se não, eu acostumo de novo e de novo com esse ciclo de coisas que não deram certo, e com esse vazio que dá no final de cada historia sem começo.

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